2008/08/25


Ela andava com certa tranquilidade pela estreita mureta da cobertura.
Sentia o vento bater, ondular seu corpo, ora para um lado, ora para outro.
A provável viagem até o primeiro andar pode ser assustadora.
A confiante equilibrista não escorre uma gota de preocupação.
Ela pode voar. Com asas em seu coração e projeções em sua mente.
O infinito ou sua imaginação não a assustam.
Para ser um equilibrista é preciso equilibrar-se.
E para voar e preciso saltar. Mas para somente sonhar não...


Ruby by Dashinvaine


2008/08/14

Ensaio

Não tinha dor. Mas ao olhar para as suas próprias mãos e ver a pele se rasgar de dentro para fora, enquanto escamas reptilianas brotavam em seu corpo, era suficiente para gritar em desespero absoluto e ter rompantes de ódio e destruição sobre tudo o que existia ao alcance da mão.

Não perda a consciência. Mas ao conceber que alguns segundos depois não seria mais um humano, e sim uma besta, re-construía laços de identidade. Ser civilizado ou humanizado não tinha o menor sentido. Ele era uma besta e como o monstro que era iria agir.

Não havia fuga. Ao ser homem, a frágil criatura, não queria ser besta. Ao ser besta, o impulsivo animal, não queria ser homem. A besta luta contra o homem, o homem luta contra a besta. Uma batalha onde não existe mais forte levando a existência destes dois seres bizarros em um mesmo corpo.


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2008/08/01

Os movimentos são como a pena e o vento
As cores em contraste
Espantam os curiosos ao redor
Eu vejo luzes brilharem nas paredes
No teto
Em seus olhos
E repentinamente a inspiração me ilumina
Como a luz do sol que surpreende o corvo
Eu posso voar!
Posso ir além de sua imaginação
Eu posso te levar
Fazer dos seus sonhos
A mais doce lembrança de sua vida

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